Não é mais novidade para ninguém que a inteligência artificial (IA) está avançando nos últimos anos. No entanto, tecnologias como os clones digitais ainda assustam qualquer pessoa.
Por exemplo, um áudio seu lendo esse artigo já é suficiente para gerar um clone digital da sua voz. Em menos de cinco minutos, a IA consegue imitar sua fala com tanta facilidade que qualquer um pode jurar que é você.
Se você filmar a si mesmo lendo o mesmo texto três vezes, em uma resolução 4k, já será suficiente para criar um vídeo copiando seu rosto.
Esses exemplos ilustram o crescimento das cópias virtuais que chegam para revolucionar o mercado e, ao mesmo tempo, criam desafios acerca da segurança digital.
Neste artigo, vamos mostrar o que são esses clones digitais, como eles são feitos e quais os principais riscos que representam no mundo da cibersegurança. Confira!
O que é um clone digital?
Um clone digital é uma representação virtual de uma pessoa, criada a partir de dados de várias fontes, como vídeos, fotos, áudios e até registros de mídia social. Eles têm o potencial de revolucionar a forma como interagimos ao nosso redor e estão se tornando mais complexos e sofisticados.
Em suma, as cópias virtuais podem ser usadas para uma variedade de propósitos, como pesquisa, educação, entretenimento, saúde e até negócios.
No campo da pesquisa, eles podem ser desenvolvidos a fim de estudar o comportamento humano, identificando padrões. Na educação, podem criar experiências de aprendizado personalizadas para os alunos.
Eles também podem ser usados como avatares em jogos; por exemplo, imagine você jogar o game Fifa com a cara real de todos os jogadores do seu time? À medida que esse recurso avança, isso torna-se possível.
Como são feitos os clones digitais?
Existem várias técnicas usadas para o desenvolvimento das cópias virtuais, como:
- reconhecimento facial;
- reconhecimento de voz;
- processamento de linguagem natural.
Reconhecimento facial
Essa é uma técnica que possibilita a identificação de pessoas com base nas suas características faciais. Por meio dela, pode-se criar modelos 3D de indivíduos apenas usando fotos e vídeos disponíveis nas redes sociais.
Reconhecimento de voz
O reconhecimento de voz é uma técnica que está sendo bastante usada e consiste em identificar pessoas com base no seu timbre vocal. Para se criar o clone, bastam apenas cinco minutos de gravação.
Processamento de linguagem natural
Com a PLN, é possível entender e responder à linguagem humana. Logo, ela pode ser usada para a criação de modelos de linguagem de pessoas a partir dos seus próprios textos.
Vale destacar que, em qualquer um desses modos, o processo consiste em coletar dados da pessoa, sejam vídeos, áudios ou fotos, analisá-los e, posteriormente, criar modelos que representem fielmente esse indivíduo.
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Quais são os serviços de clonagem digital existentes?
Essa é uma área que ainda está em estágio inicial e, por isso, são poucos os serviços disponíveis. Um dos mais conhecidos é o ElevenLabs, que permite imitar vozes em todos os planos pagos. Os valores começam em US$ 5.
Esse serviço foi lançado em janeiro de 2023 e cria dublagens instantâneas para múltiplos idiomas, mantendo a sonoridade original.
Quando o sistema recebe a amostra de uma gravação, a imitação é gerada instantaneamente. Lembrando que o conteúdo original precisa ter somente entre dois a cinco minutos, sendo a qualidade o mais importante, ou seja, não ter nenhum ruído.
Outro serviço é o da Elai. Neste software, são gerados vídeos a partir da leitura de textos, mas de forma limitada.
O avatar criado tem o corpo travado e apresenta pouca expressão facial. Ainda que os lábios abram e fechem, eles não casam com o que é dito nas falas. Os valores também são mais elevados, em torno de US$ 500 por ano.
Mesmo estando em uma fase mais embrionária, essa tecnologia tende a evoluir, aumentando os riscos de golpes na internet.
Quais são os riscos da evolução dessa tecnologia?
Conforme os clones digitais avançam, crescem as preocupações sobre seu desenvolvimento, pois a facilidade no seu uso faz aumentar a possibilidade de golpes, ataques hackers e até mesmo a disseminação da desinformação.
Por exemplo, com uma fala sintética, é possível reproduzir um discurso falso do Presidente da República e espalhá-lo posteriormente pelas redes sociais.
Além disso, os criminosos podem simular vozes de pessoas reais como se estivessem sendo sequestradas e solicitar resgates elevados, sendo essa uma grande preocupação.
Nesse sentido, as próprias empresas, como a ElevenLabs, já estão lançando ferramentas para detectar se uma gravação é feita com a IA ou se ela é verdadeira.
Desafios de cibersegurança com clones digitais
Por conta da sua natureza intrincada, construída a partir de uma vasta quantidade de dados pessoais e comportamentais, os clones digitais são um alvo potencialmente valioso para cibercriminosos.
Alterações maliciosas, acesso não autorizado ou mesmo ransomware podem não apenas comprometer a integridade deles, mas também resultar em graves violações de privacidade.
À medida que essas cópias se interconectam com outros sistemas e dispositivos, as superfícies de ataque se expandem, tornando as soluções de segurança ainda mais críticas.
Neste cenário, plataformas de computação em nuvem, como o Google Cloud, desempenham um papel fundamental. Com suas infraestruturas robustas e ferramentas avançadas de gerenciamento de identidade e acesso, criptografia e monitoramento, elas oferecem um escudo essencial contra potenciais ameaças.
Mesmo que esse seja um conhecimento ainda em fase embrionária, são grandes as preocupações com os potenciais problemas. Esse fato reforça a preocupação que se deve ter com os dados do seu negócio.
Desse modo, é crucial contar com uma consultoria de migração em nuvem para garantir a máxima segurança. E a Safetec ajuda sua empresa nessa jornada. Entre em contato conosco e saiba como podemos ajudar seu negócio na migração para a nuvem.
