A pandemia trouxe a constatação de que o processo que achávamos ser rápido, não era rápido o suficiente.
A pandemia impulsionou a transformação digital nas empresas de todo o mundo. De acordo com a pesquisa global CEO Outlook 2020, realizada pela consultoria KPMG com 1.300 executivos de grandes economias globais, 67% deles afirmaram que a digitalização das operações teve avanços que colocaram o negócio meses e até anos à frente do que eles esperavam. Para 20% desses executivos, o processo de digitalização se manteve como antes da pandemia; e apenas para 13% dos entrevistados, o processo foi atrasado ou inviabilizado por causa desta crise inédita para a nossa geração.
No episódio 1 do Safetalk (em videocast e podcast), a Safetec debateu o tema com Flammarion Cysneiros, consultor em Modelagem de Negócios e Transformação Digital, mestre em Inovação e Desenvolvimento e Conselheiro da Rede Mentores do Brasil.
Charles Krieck, presidente da KPMG no Brasil e na América do Sul, falou que “A transformação digital no Brasil já existia há muito tempo no meio corporativo, mas seu processo de implantação tinha uma velocidade menor”. Para ele, a pandemia trouxe a constatação de que o processo que achávamos ser rápido, não era rápido o suficiente.
Flammaryon avalia que é possível dividir esse processo em três faixas:
A primeira faixa engloba tomadores de decisão em empresas que, mesmo antes da pandemia, já tinham a preocupação de estar sempre olhando para frente, procurando o que o mercado tem para oferecer de novo. “Sendo otimista, porque é bem menos, chega a 2%”, revela.
Na segunda faixa estão tomadores de decisão que sabem que precisam encarar a inovação digital, mas não vão em busca do que se pode ser melhorado. “Esse universo engloba 28%.”
Por fim, a terceira faixa diz respeito às empresas que não possuem planejamento dentro desse contexto. “Esses 70% foram abruptamente impactadas pelo momento”, desenha Flammaryon.
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Para ele, os que estão na primeira faixa perceberam primeiro que o grande cerne da questão está nas pessoas. “Está em contratar talento, ter talentos no time que façam diferença e levem isso [a transformação digital] para frente. Ter líderes preparados para implantar e manter a inovação dentro dos seus negócios”, conta.
As empresas que estavam na segunda faixa, ainda que tenham começado depois, conseguiram correr atrás, foram atrás de soluções e tiveram que acionar nos times, quem conseguisse resolver essas questões. “Muitas infelizmente ficaram de fora do mercado. Esse processo de aceleração foi muito rápido, porque muitos viram de uma hora para outra os planos irem por água abaixo. Então o que fez a diferença foi quem estava conectado e quem já vinha implementando essa mudança, ainda que de maneira mais lenta.”
Para Flammaryon, houve ganho de mercado para quem estava mais preparado. “Não é incomum achar empresas que dobraram de tamanho, que conseguiram contratar pessoas durante a pandemia, e certamente foram essas que começaram seus processos primeiro do que as outras.”
O líder da área SMB (Small and medium business) da Safetec, Rogério Wanderley, conta que a própria Safetec foi um exemplo desses. “Tínhamos algo planejado, mas veio um catalisador que fez com que acelerássemos os processos e a gente teve que agir diante disso aí, fazendo com que crescessímos significativamente durante a pandemia”, afirma.
Desenvolvimentos de habilidades e força de trabalho
HOME OFFICE
Flammaryon aponta outra tendência importante que foi destacada durante a pandemia. “Muito dificilmente antes a gente via em processos seletivos o questionamento de se a pessoa tem estrutura para trabalhar home office. Se consegue gerar criatividade, entregar… E aí o que era antes uma especulação, hoje conseguimos enxergar de forma mais prática o aumento de produtividade por parte de quem faz home office, a tal ponto que as pessoas ficam praticamente full time”.
Ele atrela o soft skill muito à geração dos millennials. “Essa geração é mais adaptável, pode trabalhar conectado, tem autogerenciamento e sabe utilizar as ferramentas corretas para isso”, ressalta.
NUVEM
No que diz respeito às ferramentas que entregam esse tipo de solução para os colaboradores em home office, Flammaryon aponta a nuvem como fundamental. “Não depender de um servidor, de um computador local… Você consegue se conectar ao time, acessar documentos, encontrar informações de forma rápida. Então essa soft skill para os millennials já era meio que nativo, e quem estava teve que acelerar esse modus operandi, indo para uma realidade que a tendência é de não mudar tão cedo.”
Mais uma vez falamos da pesquisa da KPMG, ela mostrou que 53% dos CEOs brasileiros disseram que pretendem aplicar capital na compra de novas tecnologias e digitalização, enquanto 47% darão prioridade ao desenvolvimento de habilidades e capacidades da força de trabalho.
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TENDÊNCIAS
A pesquisa global CEO Outlook 2020 mostrou que 100% dos CEOs brasileiros entrevistados pretendem reduzir os espaços dos escritórios para continuar mantendo a equipe em home office e 94% deles disseram, ainda, que pretendem continuar desenvolvendo a prática de colaborações digitais e ferramentas de comunicação para trabalho remoto depois que a pandemia passar, como é o caso do Google Workspace.
E, também: 66% dos CEOs ouvidos, acreditam que uma estratégia cibernética forte é fundamental para gerar confiança nos principais acionistas e 86% afirmaram que suas organizações veem a segurança da informação como uma função estratégica e fonte potencial de vantagem competitiva.
“Fazendo um comentário sobre essa informação citada há pouco, eu estou indo para o meu 11º ano de trabalho com TI e 7º ano de trabalho com soluções em nuvem e não tem para onde, quem enxerga esse mar azul de possibilidades com a nuvem e falando diretamente do Workspace, consegue se sobressair dos concorrentes”, acrescenta Rogério.
“Falamos de possibilidades de redução de custos absurdas em muitos casos, o que gera interesse dos executivos da empresa, e quando eles começam a usar a ferramenta de qualquer dispositivo com segurança eles tem a certeza de que estão à frente da concorrência que ainda não deu esse salto”, continua o líder da Safetec.
Além da segurança que o Workspace pode trazer para a segurança das informações, otimização de processos e até mesmo ajudar as empresas com a LGPD, temos que pensar na retenção de talentos e produtividade do time.
“Existe uma pesquisa feita pela Forrester que diz que um colaborador que usa o Workspace pode ter um aumento de produtividade no ano de mais de 20 dias, então imagine o que você não pode estar deixando de entregar ao seu colaborador, ninguém prefere andar uma distância de 40KM para o trabalho, enquanto poderia caminhar 100 metros”, completa Rogério.
SAFETEC
A Safetec é uma consultoria pioneira em soluções em nuvem, e única parceira Google Partner Premier no Brasil com selo de transformação do trabalho nível Enterprise. Há mais de 15 anos no mercado, trabalha para libertar pessoas da velha maneira de trabalhar, levando organizações a um novo patamar da maturidade digital, seja na área corporativa, educacional ou no setor público (governo). Já são mais de 800 empresas em todo o Brasil que mudaram a forma de colaborar e ganharam produtividade, segurança e ainda reduziram custos com infraestrutura de TI.