Dentro da nossa agenda de atividades em alusão ao Dia Internacional da Mulher e, portanto, mês de conscientização acerca do tema, nós preparamos um Safetalk Especial voltado para o assunto. Nossa líder de RH, Maria Thereza Penna, conversou com Lívia Moura, analista de negócios do Sebrae Pernambuco sobre a mulher no mercado de trabalho.
O número de lideranças femininas tem crescido cada vez mais, apesar de o cenário ainda ser tão desigual. “É importante dizer que esse tipo de preocupação em cargos de gestão é necessário para que tenhamos empresas cada vez mais diversas e de impacto. A gente vê a luta das mulheres em busca de espaço no mercado de trabalho e também contra um padrão cultural e histórico relacionado ao gênero”, coloca Maria Thereza Penna.
“Em 1960 a gente ainda tinha um estatuto da mulher casada, onde quem decidia se a mulher poderia ou não ter um trabalho fora de casa, era o marido. Então é um contexto cultural de patriarcado muito forte. E faz pouco tempo que isso foi modificado. Então é importante todas as conquistas que estamos tendo, e que bom que esse movimento de mulheres em gestão está aumentando”, acrescenta Lívia.
“E não por ser algo imposto, mas porque o mundo está mudando. E quando a gente se depara com o fato de que nós somos metade da população mundial, não é somente por conta dos direitos adquiridos de gênero. Mas de você conseguir movimentar a economia de forma mais forte, ter uma boa parcela da população contribuindo para o seu país, para o seu estado, sua comunidade”, continua a analista.
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Segundo a 15ª edição da International Business Report (IBR) – Women in Business 2019, realizado pela Grant Thornton, 93% das empresas pesquisadas no Brasil responderam que têm pelo menos uma mulher como líder – acima da média global de 87%. No entanto, a proporção das mulheres em cargos de liderança no Brasil foi para 25%, caindo quatro pontos percentuais em relação a 2018 e saindo da média global de 29%.
Dentro desse contexto, Maria Thereza ressalta que ainda hoje prevalece uma ideia acerca das atividades que são consideradas masculinas ou femininas. “Seja estar numa cozinha, ou ser diretor de uma instituição. E a gente busca para que isso não exista mais. Na Safetec, por exemplo, 50% dos cargos de lideranças têm mulheres à frente. Uma proporção muito parecida nós vemos no nosso quadro de colaboradores, onde 48% são mulheres”, conta. “Porém, quando olhamos para a nossa área de serviços, que é ligada à tecnologia, nós temos apenas 13% de mulheres. E assumimos um compromisso contínuo para a gente mudar essa realidade.”
Lívia complementa trazendo um dado importante. No que diz respeito ao empreendedorismo, as mulheres são 16% mais escolarizadas do que os homens, mas as suas empresas faturam 22% menos. “As mulheres terminam tendo menos tempo de dedicação aos seus negócios. Ainda existe aquele peso maior de que a mulher precisa cuidar, seja dos pais ou dos filhos, e sobra menos espaço para ser estratégica ou focar nas potencialidades dos seus negócios”, ressalta. “Então quando a empresa tem o perfil de incentivar a igualdade de gênero, e promove ambientes de fala, é muito importante. Porque às vezes é só uma questão de comunicação, de fazer entender que o outro ou a outra tem o mesmo direito.”
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