Planejamento estratégico para empresas na prática

planejamento estratégico na empresa

Foi no início dos anos 60 do século passado que o PhD por Harvard, Alfred DuPont Chandler, lançou uma obra que foi considerada a precursora da questão do planejamento estratégico na empresa: Estratégia e Estrutura.

Segundo este renomado pioneiro do estudo da estratégia, podemos defini-la como:

“Determinação de metas e objetivos básicos de longo prazo, assim como a adoção de cursos de ação e alocação de recursos para atingir as metas”.

Com uma mentalidade muitas vezes focada em resultados imediatistas, tanto as pessoas em seu dia a dia como empreendedores e gestores nas empresas, costumam ter dificuldade em enxergar um horizonte mais longínquo, de olho no futuro, para definir suas metas e objetivos durante o planejamento estratégico para empresas.

Anos mais tarde, outro especialista em estratégia empresarial, Peter Drucker, sacou uma dessas frases antológicas, sempre boas de citar em reuniões, mostrando a importância do longo prazo:

“A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo”.

Em outras palavras, Drucker explica um pouco melhor o que queria dizer com isso:

“O planejamento não diz respeito a decisões futuras, mas às implicações futuras das decisões do presente”.

Portanto, o planejamento estratégico na empresa demanda uma forma de se antecipar ao futuro, preparar-se para ele, enxergar oportunidades e ameaças que outros não viram, e posicionar-se de forma vantajosa diante da concorrência.

E para se conseguir tudo isso, diversas ferramentas práticas foram criadas. Nesta postagem, vamos mostrar 3 delas e como usá-las no planejamento estratégico de sua empresa.

3 técnicas de planejamento estratégico na empresa

Antes de falarmos da Matriz de Ansoff para crescimento empresarial, da Análise das Forças Competitivas de Porter, da Matriz SWOT e como usar em sua empresa, vamos ver dados de um estudo estatístico sobre o planejamento estratégico para empresas, da BM&FBovespa

Estatísticas do planejamento estratégico nas empresas BMF&Bovespa

Das empresas respondentes ao estudo, 71% afirma fazer planejamento estratégico e, destas, 100% faz um acompanhamento sistemático dos resultados.

Quanto à periodicidade da revisão do planejamento estratégico na empresa, as respostas apresentaram os seguintes resultados:

  • 14% < 6 meses
  • 44% 6 meses < 1 ano
  • 14% > 2 anos
  • 28% não revisam

Com isso, se nota que a maioria das empresas se preocupa em revisar as metas e objetivos em função da realidade, mas boa parte, quase 1/3, não tem essa cautela tão necessária.

Outro dado interessante é que 72% das organizações pesquisadas considera ter um nível intermediário de planejamento estratégico, enquanto 14% se considera avançadas e outras 14% iniciantes nesse tema.

Para gerenciar essas informações, 72% delas usa um sistema ERP, 14% um software próprio e 14% as duas coisas em conjunto.

Podemos concluir que alguma ferramenta de gestão sempre é empregada pelas empresas para auxiliar no trabalho em equipe e no compartilhamento de dados.

Mas, mesmo com todos estes dados, é preciso saber interpretá-los, para tirar conclusões e definir planos e objetivos. É isso que vamos ver a seguir, nestas 3 ferramentas de planejamento estratégico para empresas, consagradas pelo mercado.

Veja também: O que é ERP e CRM: mais produtividade e vendas em sua empresa

1- A Matriz de Ansoff

Uma decisão estratégica importante para uma empresa é determinar como vai crescer, isto é: vender mais.

  • Procurar novos mercados?
  • Ampliar as fatias dos mercados em que já está presente?
  • Desenvolver novos produtos?

Para ajudar neste tipo de decisão, o professor Igor Ansoff criou a Matriz Produto X Mercado.

planejamento-estrategico-na-empresa-01
Matriz de Ansoff, para o planejamento estratégico na empresa

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Matriz_de_Ansoff

Assim, sua empresa pode optar por uma das 4 estratégias a seguir, ao decidir como crescer:

  1. Penetração de Mercado: (Mercado Existente e Produto Existente) – Sua empresa já se encontra em um determinado mercado e decide vender mais dos produtos que já comercializa lá, pois sente que tem força para isso.
  2. Desenvolvimento de Mercado: (Mercado Novo e Produto Existente) – Uma boa estratégia para uma empresa que acredita que sua marca já se torna conhecida em outros mercados e pode levar seus produtos para lá, exportando, por exemplo.
  3. Desenvolvimento de Produtos: (Mercado Existente e Produto Novo) – Neste caso, a empresa percebe que sua qualidade é tão reconhecida em seu mercado que pode lançar novos produtos nele. Por exemplo: se ela produz chocolates, pode tentar criar uma linha de sorvetes.
  4. Diversificação: (Mercado Novo e Produto Novo) – Agora a empresa acredita que pode unir as 2 estratégias anteriores: ao mesmo tempo que entra em um novo mercado, lança novos produtos nele. Isso pode acontecer, por exemplo, por achar que os produtos que vende no mercado atual não se saiam tão bem no novo mercado, criando produtos específicos para ele.

2- Forças competitivas de Porter

Como saber se um novo mercado é promissor? Como analisar as dificuldades do atual?

Porter lançou uma metodologia em que o estrategista deve levar em conta as chamadas 5 forças competitivas:

  1. Poder de barganha dos fornecedores: sua empresa conseguirá negociar bons preços com os fornecedores, ou vai ficar “na mão” deles?
  2. Poder de barganha dos compradores: sua organização fornece algo valioso e que só você (ou poucos) sabem fazer, ou os compradores vão poder escolher à vontade?
  3. Rivalidade interna: os atuais participantes do mercado o disputam ferozmente entre si, como no caso de bancos, marcas de cerveja e combustível, ou a rivalidade é menor?
  4. Novos entrantes: é um mercado fácil de entrar e se estabelecer, fazendo com que a cada dia surjam mais concorrentes para sua empresa?
  5. Produtos substitutos: fique atento a produtos que não são idênticos aos seus, mas que podem substituí-los. Dois exemplos famosos foram o Waze, que substituiu os GPS dos automóveis, e o Uber, que se transformou em um forte concorrente dos táxis.

Confira também: Desvendando as boas práticas de vendas e como usá-las

3- Matriz SWOT

Possivelmente a mais conhecida das 3 técnicas de planejamento estratégico nas empresas, SWOT significa, traduzindo do inglês:

  • Strengths = Forças
  • Weakness = Fraquezas
  • Opportunities = Oportunidades
  • Threats = Ameaças

O objetivo é detectar as oportunidades e ameaças do ambiente externo ao seu negócio, aquelas sobre as quais não têm controle, e usar suas forças e remediar suas fraquezas, elementos do ambiente interno, sobre o qual sua empresa têm controle, para poder potencializar oportunidades e enfrentar as ameaças.

Por exemplo:

Uma previsão de chuvas torrenciais que vão destruir estradas, ou a alta do dólar, podem ser ameaças à sua empresa, você não tem controle sobre essas variáveis.

Já, a melhora da economia ou a diminuição dos juros, são oportunidades que você também não tem como controlar, mas que deve aproveitar.

Para isso, analise as forças de sua empresa. Digamos que ela seja famosa por seu crediário imbatível, a queda da taxa de juros é uma oportunidade que pode ser potencializada por essa força de seu negócio.

Por outro lado, para se defender da ameaça da paralisação dos transportes antes que as chuvas cheguem, uma empresa forte em logística pode se antecipar e distribuir as mercadorias com antecedência.

Estas são as 3 mais usadas maneiras das empresas modelarem um planejamento estratégico. Estude seus conceitos e aplique em seu negócio.

Outra metodologia muito conhecida para o planejamento estratégico na empresa é o Balanced Scorecard.

Saiba mais sobre ele neste artigo de nosso blog: Perspectivas do Balanced Scorecard sem mistérios

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