O trabalho híbrido ganhou ainda mais repercussão no período pandêmico. E, assim, passou a ocupar um local importante nos debates e planejamentos.
Mas essa não é uma tendência nova, pois o modelo já era adotado por muitos países que notaram um aumento na produtividade promovido pela mescla do presencial com o remoto.
Grande parte desse reflexo se deve à melhora no bem-estar dos indivíduos, absorção das individualidades e quebra de padrões improdutivos no ambiente profissional, entre outros fatores.
Com a pandemia de Covid-19, no entanto, a necessidade da rápida implementação do trabalho remoto e do modelo híbrido aceleraram a absorção de tendências relacionadas.
De acordo com o estudo “O Futuro do Trabalho no Brasil”, do Google Workspace e da consultoria IDC Brasil, 56% dos entrevistados trabalham no modelo híbrido em 2022.
A expectativa é de aumento dessa porcentagem, em especial quando olhamos para as médias mundiais. Muitas empresas, executivos de alto padrão e empreendedores cogitam mesclar os dias no escritório com o home office.
Em paralelo, muitos colaboradores estão dispostos e, inclusive, preferem trabalhar no modelo híbrido.
A WeWork, em parceria com a Workplace Intelligence, realizou uma pesquisa cega com 1.000 funcionários executivos e 1.000 não executivos. E, segundo o levantamento, colaboradores satisfeitos e engajados desejam passar o dobro do tempo em locais diferentes, no período pós-pandêmico.
A questão é: será que o trabalho híbrido é realmente interessante para todos os envolvidos? E a implementação desse modelo enfrentará quais desafios? É exatamente sobre isso que falaremos a seguir!
Boa leitura!
O que é o modelo de trabalho híbrido?
Trabalho híbrido é o modelo que mescla o trabalho presencial tradicional, no qual o trabalhador se locomove até o ambiente corporativo, e o remoto, que possibilita a execução de tarefas em outros locais.
Para que o trabalho híbrido funcione na prática, é preciso que as atividades possam ser realizadas à distância. Ou, pelo menos, parte delas. E isso é possível em inúmeras atividades laborais, inclusive aquelas que envolvem o atendimento ao público.
Um vendedor pode, por exemplo, trabalhar pessoalmente no ambiente corporativo por quatro dias na semana. E, então, realizar remotamente as atividades burocráticas, de suporte ou até mesmo prospecção de clientes, nos demais dias.
Especialistas apontam que o trabalho híbrido não precisa ser dividido proporcionalmente em relação ao tempo de escritório e o remoto. Mas a implantação desse modelo e seus desdobramentos ainda estão em construção no que diz respeito à legislação.
Hoje, o trabalho híbrido já é regulamentado, com sua definição estabelecida pela Lei nº 14.442/2022. Esta, por sua vez, originou-se da Medida Provisória (MP) 1.108 de 2022.
As relações de trabalho, segundo juristas e estudiosos do direito, devem ser estabelecidas em contratos individuais entre o empregador e o trabalhador. Acordando, portanto, dias, horas e tarefas a serem executadas presencial e remotamente.
Resumidamente, o trabalho híbrido considera as atividades realizadas no ambiente físico da empresa e em qualquer outro espaço determinado pelo trabalhador. Podendo ser sua residência, espaço de coworking etc.
Na prática, para que ele seja realizável, a empresa é responsável por fornecer softwares, sistemas e ferramentas de comunicação para manter a produtividade e o desempenho do trabalhador. E é justamente nesse ponto em que ocorrem os maiores desafios. Vamos analisar?
Cuidados e desvantagens do modelo híbrido de trabalho
O estabelecimento acelerado do trabalho remoto e híbrido, durante a pandemia, evidenciou inúmeras fragilidades e deficiências tecnológicas e práticas. E isso se deu, principalmente, pelo despreparo das empresas e dos trabalhadores.
Na maioria dos casos, não havia estrutura e conhecimentos básicos para operar de maneira remota. Percebemos, portanto, instabilidade na produção, quebra na comunicação interna, questões de segurança da informação e, sobretudo, dificuldades na gestão de tempo e pessoas.
Não há como negar que a implantação de qualquer mudança que altere os padrões demanda tempo, preparo e adaptação. Quando essas alterações ocorrem de maneira emergencial, as desvantagens do modelo híbrido de trabalho podem ficar mais evidentes.
Tal como ocorreu nos últimos dois anos, muitas empresas tiveram dificuldade em monitorar a performance de seus colaboradores. Da mesma forma, o trabalhador sentiu falta da comunicação rápida e em tempo real possibilitada pelo trabalho presencial.
O fato é que a maioria dos desafios apresentados pode ser contornada com as estratégias e ferramentas adequadas. Quando há planejamento, preparo e infraestrutura, as vantagens de adotar o modelo híbrido de trabalho superam as desvantagens. E isso nos leva ao próximo tópico.
Quais as vantagens de adotar o modelo híbrido de trabalho para empresas e colaboradores?
Conforme o estudo do Google Workspace, citado acima, mais de 60% dos profissionais que atuam presencialmente mudariam de emprego se pudessem migrar para o modelo híbrido de trabalho. Isso mantendo os mesmo salários e benefícios do sistema presencial.
Já com base na pesquisa da WeWork, também mencionada anteriormente, “75% dos funcionários abririam mão de pelo menos um benefício ou vantagem no local de trabalho pela liberdade de escolher seu ambiente de trabalho.”
Ou seja, a maioria dos trabalhadores estaria realmente disposta a negociar seu contrato para migrar para o modelo híbrido de trabalho. Isso quer dizer que há uma demanda clara para que as empresas implementem o modelo.
Do lado empresarial, muitos gestores e empreendedores já notaram que, com as estratégias corretas, o trabalho híbrido pode gerar uma série de benefícios, como:
- aumento da produtividade devido à melhora no bem-estar dos trabalhadores;
- queda em alguns custos fixos e variáveis,
- minimizar a rotatividade de funcionários, nas faltas etc.
Como adotar o trabalho híbrido em 4 passos fundamentais?
Como mencionamos, adotar o trabalho híbrido tem seus desafios, mas pode trazer inúmeras vantagens, bastando aplicar as estratégias corretas. Para facilitar esse processo, trouxemos um passo a passo prático de como adotar o trabalho híbrido com segurança e eficiência.
Confira:
1. Planejamento
O primeiro passo de como adotar o trabalho híbrido é criar um planejamento de implantação. Nele, devem constar os objetivos, as expectativas, as estratégias e as ferramentas necessárias.
Adicionalmente, vale indicar o cronograma, os setores e os processos que serão englobados por esse novo modelo de trabalho. Além, claro, do investimento disponível para as atualizações na infraestrutura tecnológica da empresa e de seus colaboradores.
2. Pesquisa de mercado e compreensão dos processos, áreas e objetivos do negócio
O segundo passo, na realidade, deve ser realizado em conjunto com o primeiro. Isso porque algumas das informações coletadas nesta etapa serão fundamentais para a criação de um planejamento eficiente e realista.
Para tal, os agentes da implantação do modelo de trabalho híbrido devem realizar uma análise aprofundada dos processos e atividades de cada área da empresa. Isto é, verificar qual a viabilidade da operação remota e se ela é, de fato, vantajosa para aquela função.
Da mesma forma, uma pesquisa de mercado pode auxiliar no aperfeiçoamento das estratégias de migração para o modelo de trabalho híbrido.
3. Investimento
Chegamos à etapa mais delicada da migração: o investimento. O trabalho híbrido demanda uma estrutura tecnológica adequada, que garanta estabilidade e, especialmente, disponibilidade da informação e dos serviços.
Por sinal, o cliente não deve sentir que a empresa possui ruídos ou quebras em atividades remotas. A ideia é oferecer fluidez e continuidade, de forma que ele não note a implementação do trabalho híbrido.
Para isso, claro, a empresa precisa contar com ferramentas, soluções e sistemas robustos, confiáveis e eficientes.
4. Ação e monitoramento!
Por fim, o último passo: o monitoramento. Implantar novos modelos de trabalho, estratégias e metodologias demanda tempo, testes e análise de resultados. Afinal, a teoria do planejamento nem sempre se aplica na prática.
E os gestores só perceberão os gargalos e ineficiências monitorando a performance dos trabalhadores. Por isso, é fundamental verificar os resultados e realizar o comparativo com as atividades realizadas no trabalho presencial e no remoto.
Vale ressaltar que essa ação requer frequência. Não apenas para analisar o desempenho do time, mas também para mantê-lo motivado e alinhado com as estratégias e os objetivos da empresa.
Dica bônus para adotar trabalho híbrido com eficiência e segurança: cloud computing!
Falamos neste artigo sobre a importância da tecnologia, das ferramentas e dos sistemas digitais na implantação do modelo de trabalho híbrido, correto? Uma das tecnologias básicas é a computação em nuvem ou cloud computing.
A propósito, ela é a responsável por garantir mobilidade, disponibilidade e segurança da informação no trabalho remoto. Com o Google Cloud Platform, por exemplo, sua empresa pode contar com uma gama de funcionalidades baseadas em cloud computing.
E o melhor: com o padrão Google de segurança, alinhado completamente com as normas da Lei Geral de Proteção de Dados e alta disponibilidade da informação. Contar, claro, com a expertise em soluções inovadoras e o suporte de especialistas.
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