Nós conversamos com o Google Coach Paulo Henrique Rafael, um dos primeiros com essa certificação na América Latina, sobre competências digitais para educadores. O bate-papo pode ser ouvido na íntegra no programa Safetalk.
O desafiador ano de 2020, com o avanço do coronavírus em todo o mundo, fez com que educadores precisassem se adequar a um modelo de ensino que já existia, mas não era a realidade diária de muitos desses profissionais. Migrar as aulas para o formato online vai muito além do que simplesmente pegar o que seria trabalhado em uma sala de aula física e passar por meio de um videochamada.
As metodologias precisam se ajustar, e ter conhecimento nas ferramentas que são utilizadas nas instituições é fundamental nessa jornada. A competência digital é uma das 8 competências essenciais para o desenvolvimento ao longo da vida, segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Elas dizem respeito à utilização segura, eficiente e crítica das tecnologias digitais de informação, comunicação e colaboração que estão disponíveis no mercado.
Algumas dessas tecnologias são específicas para a educação, como as oferecidas pelo Google Workspace for Education, um grupo de ferramentas da Google, utilizado por mais de 140 milhões de alunos e professores em todo o mundo.
Para que não apenas os professores, mas também todo o corpo gestor de uma instituição de ensino, assim como alunos e os próprios familiares saibam utilizar em sua potência máxima essas soluções, a Google oferece uma série de certificações, com valor internacional, que testam e validam a capacidade de utilização do Google Workspace for Education.
São elas:
– Educator Level 1;
– Educator Level 2;
– Trainer;
– Innovator e;
– Coach.
Paulo Henrique Rafael, mais conhecido como PH Rafael, é um dos primeiros educadores da América Latina a tirar a certificação nível Coach. Ele foi convidado para participar do nosso bate-papo quinzenal no Safetalk, disponível em podcast e videocast, e falar um pouco sobre o tema.
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“Assim que saiu a certificação nova eu fui estudar. E mesmo não tendo o domínio da língua inglesa, eu usei o Tradutor e fiz a certificação. Foi um pouco difícil, mas consegui”, explica. Ele é professor na rede municipal de Uberaba. Ele conheceu as certificações Google por meio de um evento. “Naquela época a gente nem sonhava com algo como a pandemia. Mas a partir dali foi como se tivesse virado uma chave na minha cabeça, de que eu tenho essa oportunidade de aprimorar a educação baseada na tecnologia digital. Vou abraçar essa causa e tentar tirar essas certificações.”
PH Rafael enfatiza que chegou a reprovar durante o processo. “Eu sempre falo para as pessoas que é normal reprovar. Porque o Google quer testar 80% da sua fluência digital”, conta.
Alessandro Freitas, líder de soluções educacionais da Safetec, explica que as certificações “São uma forma de mostrar aptidão, seu nível de conhecimento nas ferramentas do Google voltada para a área da educação. Você vai conseguir mostrar que tem conhecimento no uso do DOCs, Planilhas, Formulários, Google Sala de Aula… Mas também a sua aplicação, não apenas a parte da ferramenta. Mas como colocar em prática isso tudo”.
Para PH, por mais que o tema não seja lá uma novidade, é recente no Brasil. “A gente viu, com a pandemia, que muitas pessoas não têm aptidão. A competência digital, na prática, é o professor ter a tecnologia e saber levar de forma pedagógica em sala de aula”, diz. “E os professores não estavam preparados. A tecnologia era vista como uma coisa recreativa. E aquele professor que não estava preparado para usar, se viu desamparado, despreparado. Mas que bom que temos pessoas engajadas promovendo palestras, encontros online, para alcançar esses educadores de alguma forma.”
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