A segurança dos dados é uma preocupação crescente para empresas e usuários, especialmente com o aumento dos ataques cibernéticos em todo o mundo. E é nesse contexto que a autenticação multifator na nuvem é muito útil.
Para se ter uma ideia, de acordo com a pesquisa da Verizon, 80% dos ataques de segurança de dados envolvem senhas fracas ou roubadas, demonstrando a necessidade de adotar medidas de segurança adicionais para proteger os dados na nuvem.
Nesse contexto, uma pesquisa realizada pela Microsoft mostrou que a autenticação multifator pode bloquear até 99,9% dos ataques de login automatizados.
Por conta disso, uma pesquisa do Gartner revelou que até 60% das empresas globais adotarão a autenticação multifator para usuários remotos nos próximos anos.
E, se você quer saber como funciona a autenticação multifator na nuvem, veio ao lugar certo. Neste artigo, vamos mostrar o que é essa validação e quais seus principais tipos.
O que é autenticação multifator (multi-factor authentication)?
A autenticação multifator (MFA) é uma técnica de segurança que exige que os usuários forneçam duas ou mais formas de validação para acessar um sistema. Em vez de apenas uma senha, ela exige um segundo fator de verificação, como um token de segurança, uma impressão digital ou uma chave física.
A ideia é aumentar a segurança dos sistemas, tornando mais difícil para um invasor obter o acesso não autorizado. Afinal, se uma senha única for comprometida, um invasor ainda precisará fornecer outras formas de autenticação para acessar o sistema.
Essa tecnologia é amplamente utilizada em muitos tipos de sistemas, incluindo: serviços bancários online, e-mail, gerenciamento de identidade, softwares de pagamento e muitos outros.
Em sistemas de nuvem, a autenticação de usuário pode ser particularmente importante para garantir a segurança dos seus dados.
Como funciona a autenticação multifator na nuvem?
A autenticação multifator na nuvem geralmente envolve dois ou mais fatores de autenticação para evitar o acesso indevido. Essa verificação pode incluir algo que você sabe (como uma senha), algo que você tem (como um token de segurança) ou algo que você é (como uma impressão digital).
Quando um usuário tenta acessar um serviço em nuvem, ele é solicitado a fornecer esses fatores de autenticação para confirmar sua identidade.
Por exemplo, ao tentar fazer login em sua conta de armazenamento em nuvem, você terá que fornecer sua senha e, em seguida, pode receber um código de segurança no celular para inserir como um segundo fator de autenticação.
Somente quando ambos os fatores forem fornecidos você será autenticado e terá acesso ao serviço em nuvem. Em geral, esse sistema aumenta a segurança dos dados do usuário, tornando mais difícil para um invasor obter o acesso não autorizado.
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Qual a diferença entre autenticação e autorização na nuvem?
Autenticação e autorização são conceitos importantes relacionados à segurança da informação na nuvem. Autenticação é o processo de verificar a identidade de um usuário, geralmente por meio de credenciais de login, como nome e senha. Já a autorização refere-se à liberação de acesso aos recursos ou dados específicos.
O objetivo da autenticação é garantir que quem está tentando acessar um sistema é realmente quem ele diz ser. Nessa linha, a autorização garante que o usuário tenha acesso apenas aos recursos ou dados que são relevantes para suas necessidades e responsabilidades.
Para entender a diferença entre autenticação e autorização, considere o seguinte exemplo: um usuário tenta acessar um serviço em nuvem, como um sistema de gerenciamento de arquivos. Ele fornece suas credenciais de login (a autenticação, que pode ser em dois fatores) e, em seguida, é autorizado a acessar apenas os arquivos que foram atribuídos a ele.
Quais os benefícios da autenticação multifator na nuvem?
A autenticação multifator (MFA) oferece uma série de benefícios quando implementada na nuvem. Aqui estão alguns dos principais deles:
Maior segurança
Ela ajuda a proteger os dados na nuvem, pois torna mais difícil para um invasor acessá-los. Para as empresas, isso é crucial para que não ocorra vazamento de dados dos seus clientes.
Mesmo que um invasor consiga obter a senha de um usuário, ele ainda precisará fornecer uma segunda forma de autenticação para acessar o sistema, o que torna mais difícil de ser invadido.
Redução do risco de violações de dados
Com a autenticação multifator, o risco de violações de dados é reduzido, pois é mais difícil para um invasor obter acesso a dados sensíveis.
Isso evita danos significativos à reputação de uma empresa e reduz os custos associados à reparação desses danos após uma violação.
Melhor conformidade
Muitas regulamentações de segurança de dados, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), exigem que as empresas implementem medidas de segurança adicionais, incluindo a autenticação multifator.
Ao implementar essa técnica, sua empresa estará em conformidade com essas regulamentações e evitará multas e outras penalidades.
Maior facilidade de uso
Embora a autenticação multifator adicione uma camada adicional de segurança, ela não precisa ser complexa ou difícil de usar.
Muitos serviços de nuvem oferecem opções de autenticação multifator simples e fáceis, como códigos de segurança enviados por mensagem de texto ou aplicativos de autenticação móvel.
Acesso seguro remoto
Por fim, com a autenticação multifator, os usuários podem acessar serviços em nuvem de qualquer lugar, sem comprometer a segurança dos dados.
Isso permite que as empresas ofereçam aos funcionários a flexibilidade de trabalhar em qualquer lugar e, também, mais facilidade de acesso para seus clientes.
Quer saber como o Google garante a segurança dos arquivos em nuvem? Então, confira esse vídeo que separamos: 👇
Quais os métodos de autenticação multifator?
Basicamente os métodos de autenticação multifator são baseados no que você sabe, no que você tem ou no que você é. Dessa forma, eles podem ser classificados em fator de conhecimento, de posse e de inerência.
Fator de conhecimento
Este fator envolve algo que o usuário sabe, como uma senha ou resposta a uma pergunta de segurança. A ideia é que apenas o usuário correto tenha a informação necessária para fornecer a resposta adequada.
As senhas são um exemplo comum de fator de autenticação de conhecimento. Para aumentar a segurança, ela deve ser complexa e exclusiva para cada conta, e os usuários devem ser instruídos a não compartilhá-la com ninguém.
Fator de posse
O fator de posse, como o próprio nome sugere, envolve algo que o usuário possui, como um token de segurança ou um cartão inteligente.
Os tokens de segurança, por exemplo, são dispositivos físicos que geram códigos únicos, a cada vez que o usuário tenta fazer login.
Nesse caso, eles devem inserir o código de segurança em combinação com outra forma de autenticação, como uma senha, para acessar um serviço em nuvem.
Fator de inerência
Por sua vez, o fator de inerência representa o que o usuário é, como: reconhecimento facial, de voz ou de impressão digital.
As biometrias são um exemplo comum de fator de autenticação de inerência. Elas podem incluir o uso de características físicas, como reconhecimento facial ou de impressão digital, ou características comportamentais, como a forma como uma pessoa digita em um teclado.
De modo resumido, a autenticação multifator na nuvem é feita para dar mais segurança para os usuários e para as companhias. Gostou? Se quiser saber qual é o nível de maturidade da sua empresa em Cloud, basta responder esse quiz em apenas dois minutos.
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