Até 2028, a computação em nuvem deixará de ser um disruptor tecnológico para se tornar um componente necessário para manter a competitividade empresarial, de acordo com a Gartner, Inc.
Em 2023, 59% das médias empresas adquiriram serviços de cloud computing em comparação com 53% em 2021.
Esse crescimento é evidência do quão essencial a tecnologia se tornou, impulsionada por benefícios como eficiência, flexibilidade e potencial de escalabilidade.
Porém, apesar de todas essas vantagens, utilizar uma das estratégias de migração para nuvem não é um processo simples e exige uma tática cuidadosa para garantir uma transição suave e segura.
Continue lendo para descobrir como fazer exatamente isso!
Quais são os tipos de estratégias de migração para nuvem?
A migração para cloud pode-se categorizar em quatro principais tipos ou táticas, comumente conhecidas como os “7 Rs”. Cada uma delas tem suas próprias considerações, benefícios e desafios.
1. Rehosting (Re-hospedagem)
A primeira das etapas do processo de migração para nuvem é a de rehosting. Também conhecido como “lift-and-shift”, visa mover aplicativos e dados para a cloud sem fazer alterações.
Essa estratégia é geralmente a mais rápida e menos dispendiosa, pois não requer mudanças no código. No entanto, pode não aproveitar todas as vantagens e recursos que a nuvem oferece.
O rehosting proporciona uma transição rápida para cloud sem modificações de código, o que economiza tempo e esforço. No entanto, pode resultar em subutilização dos recursos da nuvem, principalmente em termos de escalabilidade e eficiência.
2. Refactoring (Refatoração)
Refatorar envolve modificar ou atualizar o código do aplicativo para se adaptar ao ambiente da nuvem e aproveitar suas capacidades. Embora seja mais complexo e dispendioso do que o rehosting, pode resultar em melhor desempenho e maior eficiência.
Apesar de a tática aumentar custos e demandar tempo extra, oferece vantagens a longo prazo, como maior flexibilidade, escalabilidade e otimização de recursos na cloud.
3. Repurchase (recompra)
Na etapa de recompra da migração de TI, adota-se a estratégia “drop and shop”, que substitui o software on-premise por uma solução nativa da nuvem. Geralmente, isso implica mudar para um modelo de Software como Serviço (SaaS) e manter os mesmos recursos.
Essa fase pode envolver a troca de licenciamento, —descartar a licença existente e iniciar um novo contrato com o provedor de cloud. A versão em nuvem oferece valor aprimorado com maior eficiência, economia de armazenamento e custos de manutenção reduzidos.
Essa transição permite uma infraestrutura mais ágil e adaptável às demandas contemporâneas de TI. Porém, apesar de oferecer eficiência e economia, a tática pode gerar custos adicionais de licenciamento e requerer ajustes de integração.
4. Retire (aposentar)
Na etapa de retirada da transição de TI para a nuvem, a aposentadoria é uma estratégia onde se desativam os serviços ou processos desnecessários. Essa ação permite que a organização direcione recursos para áreas de maior valor comercial para otimizar sua operação na cloud.
Ao desligar workloads ou serviços obsoletos, a empresa economiza recursos e simplifica sua infraestrutura, além de focar em soluções mais relevantes e eficientes. A retirada consciente de elementos não essenciais possibilita uma gestão mais enxuta e direcionada, alinhada com as necessidades e objetivos estratégicos da organização.
O procedimento economiza tempo e dinheiro, pode exigir reestruturação de processos e enfrentar resistência organizacional.
5. Retain (reter)
Na fase de retenção da migração de TI, também conhecida como re-visita, foca-se em revisar ativos digitais críticos que necessitam de considerável refatoração antes da transição para a nuvem.
Algumas aplicações são mais adequadas para permanecerem no ambiente local ou terem sido recentemente atualizadas, o que demanda manutenção.
Outras vezes, as empresas retêm sistemas devido a requisitos de latência, conformidade ou regulamentações específicas. Essa etapa permite uma avaliação minuciosa das necessidades de cada componente para garantir uma transição eficaz para a cloud, enquanto se mantém a integridade, segurança e conformidade dos sistemas.
A tática, embora preserve recursos valiosos, pode exigir esforços adicionais de refatoração e enfrentar desafios de compatibilidade com ambientes de nuvem.
6. Realocate (realocar)
Na etapa de realocação da migração de TI, a abordagem se concentra na infraestrutura e utiliza o mesmo conjunto de componentes básicos. Assim como na rehospedagem, o software em execução nas máquinas virtuais migradas permanece inconsciente de mudanças.
Nesse caso, as ferramentas e processos operacionais existentes se mantêm, mesmo dependentes de produtos de terceiros. Essa estratégia de migração para cloud é geralmente realizada por equipes de operações qualificadas, sem a necessidade de envolvimento de desenvolvedores de aplicativos.
Essa tática minimiza interrupções e simplifica a transição para a nuvem, mantendo a estabilidade e a funcionalidade dos sistemas. Apesar de também ser eficiente e preservar os investimentos anteriores, pode limitar a otimização de recursos da cloud e exigir competências operacionais específicas.
7. Rebuilding (Reconstrução)
A reconstrução significa refazer um aplicativo do zero, especificamente para a nuvem, o que possibilita o máximo aproveitamento dos recursos e capacidades da cloud, mas é a estratégia mais complexa e dispendiosa.
De modo geral, cada tática de transição tem suas próprias considerações, e a melhor opção depende de uma série de fatores, o que inclui o tipo de aplicativo, os recursos disponíveis e os objetivos da corporação.
Apesar de a estratégia oferecer desempenho e eficiência ideais, é uma tática complexa, custosa, que exige tempo significativo e habilidades técnicas avançadas.
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Quais são as vantagens da migração para a nuvem?
Mas será que fazer todo esse processo gera benefícios para a organização? Continue a leitura para conhecer as vantagens de migração para a cloud, que já é responsável por 42% do processamento das empresas do Brasil, segundo pesquisa da FGV.
Escalabilidade
Permite que corporações aumentem ou diminuam os recursos de computação conforme necessário, o que proporciona flexibilidade operacional e economia de custos.
Alta disponibilidade
Com redundância de dados e serviços distribuídos globalmente, a cloud minimiza o risco de tempo de inatividade e interrupções operacionais, o que garante que os serviços estejam sempre acessíveis.
Simplificação da gestão de TI
Ao transferir a responsabilidade pela manutenção da infraestrutura para provedores de cloud, as equipes de TI podem focar em atividades estratégicas e de valor agregado, em vez de lidar com problemas de hardware e software.
Flexibilidade geográfica
Outra vantagem é a colaboração remota. Com acesso aos serviços em nuvem de qualquer lugar do mundo e em qualquer dispositivo conectado à internet, as equipes podem trabalhar de forma mais eficiente e colaborativa, independentemente da localização física.
Segurança
Muitos provedores de cloud oferecem medidas de segurança avançadas, como criptografia de dados, autenticação multifatorial e monitoramento contínuo, que protege os dados contra ameaças cibernéticas.
Redução de custos
Ao eliminar gastos com infraestrutura física, manutenção de hardware e licenciamento de software, as empresas podem economizar significativamente em despesas de TI.
Quando migrar para a nuvem?
Identificar o momento certo para migrar para cloud pode ser um dos maiores desafios. Até porque vários fatores podem influenciar essa decisão. O estágio atual do negócio, suas necessidades específicas e o panorama tecnológico são alguns deles.
Primeiramente, é essencial entender as necessidades exclusivas do seu negócio. Cada organização tem sua própria dinâmica, estrutura e objetivos estratégicos.
A avaliação dessas necessidades envolve um entendimento claro dos processos de negócios existentes, dos sistemas de TI em uso e dos recursos disponíveis para implementar a transição.
Além disso, é preciso destacar que a decisão de migração deve estar alinhada com os objetivos gerais de negócios e de tecnologia da informação da companhia.
Vale lembrar que a governança em nuvem também é um aspecto a considerar. Ela refere-se ao controle e à gestão dos recursos, e engloba a criação de políticas e procedimentos, a segurança e o compliance no ambiente de cloud.
O que deve ser analisado antes da migração?
O primeiro passo é realizar uma análise abrangente de suas cargas de trabalho e dados existentes, o que compreende entender os requisitos de desempenho, segurança, conformidade e interoperabilidade de cada aplicativo e conjunto de dados.
Essa análise permitirá a identificação de quais recursos são mais adequados para então planejar a migração de maneira estratégica.
Em segundo lugar, é importante considerar o custo total de propriedade (TCO). Pois, a transição para a nuvem pode oferecer economia de custos a longo prazo, mas também envolve investimentos iniciais significativos.
A escolha do provedor de serviços também é um aspecto crucial a considerar. Cada um deles tem suas próprias características, vantagens e desvantagens. Entre os provedores disponíveis, o Google Cloud se destaca como uma das opções mais versáteis e poderosas.
Ele oferece uma gama de serviços inovadores, uma rede global segura e escalabilidade superior. Além disso, tem um compromisso forte com a segurança dos dados, o que é fundamental em qualquer estratégia de migração para a cloud.
Por fim, é essencial considerar a necessidade de treinamento e suporte. Afinal, a transição para a nuvem vai exigir novas habilidades e conhecimentos.
Conheça qual o papel da cloud na transformação digital:
Como funciona o processo de migração para nuvem?
Para colocar o processo de migração em prática é preciso de um planejamento bem cuidadoso e uma execução bastante meticulosa.
Avaliação e planejamento
Realize uma avaliação detalhada das necessidades e capacidades da sua organização. Isso inclui entender as cargas de trabalho e os dados existentes, como mencionado anteriormente, e identificar quais recursos são mais adequados.
Em paralelo, defina os objetivos e escolha a estratégia de migração que melhor se alinha a eles, ou seja, se vai ser uma tática Rehosting, Refactoring, Replaforming, etc. A escolha certa faz a diferença.
Design e arquitetura
Com base na avaliação inicial, você pode começar a desenhar a arquitetura da sua solução de nuvem, escolher os serviços apropriados para suas necessidades, considerando fatores como desempenho, segurança, conformidade e custo.
O Google Cloud oferece uma variedade de serviços personalizáveis para atender às necessidades específicas da sua organização, e por isso essa é uma solução a se considerar.
Migração e implementação
Depois de desenhar sua arquitetura, você pode começar a migrar seus dados e aplicativos para a cloud. E aqui também é exigido bastante cuidado.
Para essa etapa, o Google Cloud oferece ferramentas como o Google Cloud Storage para armazenamento de dados e o Google Kubernetes Engine para a implementação de aplicativos.
Teste
Após a transição, é fundamental testar seus aplicativos e dados para garantir que tudo esteja funcionando corretamente, o que inclui testes de desempenho, de segurança e de conformidade.
Otimização e governança
Finalmente, depois de migrar para a nuvem e garantir que tudo funcione como esperado, você pode começar a otimizar seus recursos.
O Google Cloud, por exemplo, fornece diversas ferramentas para ajudar na otimização e governança de seus recursos de cloud.
Quais os desafios da migração em nuvem?
Infelizmente, nem tudo são flores no mundo da transição da nuvem. Por isso, é importante que você entenda quais os desafios da migração em cloud durante o seu processo de implementação.
Complexidade
Mover sistemas e aplicativos existentes para a nuvem pode ser um processo complicado, que envolve a reestruturação de arquiteturas de TI, a adaptação de aplicativos para funcionar em ambientes de cloud e a integração de diferentes serviços e plataformas.
Segurança de dados
Outro desafio é a segurança dos dados. As preocupações com a privacidade e a proteção de dados sensíveis impedem algumas organizações de adotar plenamente a nuvem. Garantir a conformidade com regulamentações específicas do setor e implementar medidas robustas de segurança cibernética são essenciais para mitigar esses riscos.
Custos imprevistos
Mesmo que muitas corporações esperem economizar dinheiro migrando para a nuvem, os custos associados à migração, como transferência de dados, treinamento de equipe e otimização de recursos, podem aumentar rapidamente.
Interoperabilidade
Integrar sistemas legados com novas soluções em nuvem e garantir a compatibilidade entre diferentes ambientes de cloud pode ser complexo e demorado.
Resistência cultural
Por fim, a resistência cultural e a falta de habilidades técnicas adequadas podem dificultar a adoção da nuvem em algumas organizações. A relutância à mudança e a necessidade de treinar e capacitar funcionários para lidar com tecnologias de cloud podem atrasar o processo de transição.
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