A cloud computing é mais do que uma nova tecnologia que se tornou “obrigação” entre empresas. Algumas de suas potencialidades ainda estão para ser descobertas e muitas das vantagens que sistemas na nuvem oferecem ainda não são do conhecimento da maioria dos empresários. Muito retrabalho nas empresas ainda ocorre por falta de objetividade no emprego da computação na nuvem, ou simplesmente porque essas companhias seguem postergando sua migração para essa nova lógica.
Além do retrabalho – que no marketing e em vendas produzem sintomas como relatórios em duplicidade, clientes e prospects sendo trabalhados por mais de uma pessoas, tarefas simples que têm de ser feitas novamente, pois seus resultados não foram distribuídos e compartilhados corretamente – a falta de conhecimento sobre as ferramentas e potenciais da nuvem leva empresas a gastos desnecessários com impressões, especialmente a área de marketing.
Evitando retrabalho e economizando com a nuvem
Leads e clientes recebem enxurradas de papelada – às vezes isso reflete em vendas, mas na maioria dos casos é apenas lixo. Tecnologias já permite que boa parte desse papelório seja substituída por artifícios mais inteligentes, e tudo isso sem perder nenhuma venda… muito pelo contrário, fechando alguns negócios onde você nem sequer esperava resposta.
Uma estatística preocupante
Uma pesquisa realizada nos EUA pelo Chief Marketing Officer Council, entidade que congrega lideranças na área, mostrou que de 20% a 30% de todo o orçamento de marketing das empresas ainda é gasto em material impresso – e estamos falando de um país que já se utiliza muito mais frequentemente de meios digitais que o Brasil.
Pois bem, de todos esses impressos, 20% são simplesmente descartados e desperdiçados pelos próprios profissionais de marketing. Isso quer dizer, literalmente, que profissionais de marketing jogam pelo ralo de 4% a 6% de seu orçamento. Esse número no Brasil pode ser ainda maior, chegando próximo dos 10%.
Contudo, o material impresso tem de ser mantido em diversos casos – ele captura leads importantes em mala direta e cria relações com prospects que nem sequer existiam no banco de dados das empresas. Mas então, como e onde economizar?
A fatídica apresentação
Um exemplo clássico de retrabalho: um prospect coleta material de sua empresa durante uma feira, levando o folder com anúncios dos principais produtos e seus contatos. Ainda durante a feira, você o coloca em um banco de dados para recebimento de “informações”.
Uma semana depois, ele liga, solicitando uma cotação. O atendente anota seus dados para encaminhar aos vendedores e manda uma apresentação por e-mail, que contém exatamente o mesmo material já mostrado no folder que o prospect coletou na feira.
O vendedor liga e agenda uma visita. Durante a reunião, leva mais folders – idênticos ao primeiro – e os deixa com o cliente. O lead se transformou em cliente e fez um pedido grande, e o vendedor o encaminha para ser processado… terminou, correto?
Na verdade, como esse cliente estava no banco de dados de divulgação montado na feira, ele receberá, quinze dias depois, exatamente o mesmo folder por correio – ainda que já o tenha e de fato a conversão já tenha sido fechada.
Alguns dirão que propaganda nunca é demais. Embora isso possa ser verdade, todos esses envios e impressões têm um custo: e ele será computado ao final como “despesas com vendas”. Algumas empresas simplesmente esmagam sua lucratividade por conta desse tipo de retrabalho e excesso de impressões.
Agora coloquemos na nuvem
Tomemos o mesmo exemplo. Durante a visita à feira, o prospect pega um folder. Nesse material impresso, ele pode baixar um aplicativo usando um QR code. Instalando esse aplicativo, ele não apenas tem acesso a toda linha de produtos e pode contatar, diretamente, vendedores e representantes, mas também é notificado sobre novos produtos e lançamentos.
Essa simples mudança faria com que a inclusão do cliente “em cadastro” se tornasse desnecessária – baixando e entrando no aplicativo, ele mesmo submete seus dados. Como ele contata o vendedor pelo app, não recebe mais uma vez o mesmo material por e-mail, em PDF ou PPT, e ele mesmo agenda a reunião com o vendedor, na hora – sem ter de esperar.
Como novidades são comunicadas agora por intermédio do aplicativo, o envio de cartas e novos folders por correio não é necessário – a menos que o próprio cliente o solicite, também usando o aplicativo.
Esse pequeno investimento economizou diversas ações por parte da equipe de marketing e vendas, e economizou pelo menos a impressão de dois folders. Agora estenda isso para uma base de um milhão de leads e faça suas contas: é dinheiro que não acaba mais…
Fim dos impressos?
Na verdade não. Muitos clientes ainda apreciam algo físico e o correio ainda é uma ferramenta eficiente de gerar leads. Contudo, os impressos podem ser reduzidos, tanto em volume quanto em tamanho e conteúdo.
Com parte ou grande parte do conteúdo online, folders se tornam apenas um “portal de acesso” para tudo o que cliente poderá rever e pesquisar online. Catálogos imensos de produtos podem ser substituídos por um folder de uma única página, barateando não apenas os custos de impressão, mas também os valores gastos com logística e envio.
O retrabalho se torna menor: como tudo o que cliente faz envolve alguma etapa online, isso pode ser registrado e rastreado, mostrando o percurso do prospect em tempo real e evitando esforços inúteis, além de favorecer a atuação oportuna de vendedores e profissionais de marketing.
Os impressos não chegarão ao fim, mas eles têm de diminui – não apenas por seu custo ou porque vivemos hoje em um mundo no qual seus leads possuem expectativas digitais, mas também porque, além de tudo, sua empresa estará ganhando pontos extras em sua imagem, que se tornará mais “verde” do que nunca.